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26.4.04

PENSAMENTO DA SEMANA 

" Se não puder ajudar, atrapalhe. Afinal o importante é participar."

21.4.04

Vai um chocolate? 

Tão simples como isso.
Um estudo feito pelos organizadores da conferência Infosecurity Europe 2004 indica que três quartos dos trabalhadores num escritório estão dispostos a revelar as suas senhas em troca de um chocolate.
Pergunto-me: para quê todas as preocupações com técnicas avançadas de criptografia e segurança digital, quando a mais simples técnica de engenharia social conhecida ("vai um chocolate?") é suficiente para revelar os dados mais comprometedores.
E penso: por mais que a tecnologia avance, ela nunca conseguirá acompanhar a evolução da estupidez humana. Tão simples como isso.

http://www.securitypipeline.com/showArticle.jhtml?articleID=18902074

Hable con ella 


UNITED STATES PATENT OFFICE
2,292,387
SECRET COMMUNICATION SYSTEM
Hedy Kiesler Markey, Los Angeles, and George
Antheil, Manhattan Beach, Cakif.
Application June 10, 1941, Serial No. 397,412
6 Claims. (Cl. 250-2)

This invention relates broadly to secret communication systems involving the use of carrier waves of different frequencies, and is especially useful in the remote control of dirigible craft, such as torpedoes.
An object of the invention is to provide a method of secret communication which is relatively simple and reliable in operation, but at the same time is difficult to discover or decipher.

http://www.hedylamarr.at/f_erfindunge.html

19.4.04

As metáforas de um muro 

Quando eu era pequeno, havia um senhor que dizia mal dos regimes que não permitiam a existência de partidos. Um dia, criticava esse senhor a atitude e o discurso de alguns sobre um certo país e o seu presidente. Fica aqui o diálogo que se seguiu:

- Mas porque é que eles dizem mal do presidente de ****?
- Porque querem que em **** haja eleições e que ele aceite a existência de outros partidos!
- Mas não é bom poder haver mais do que um partido?
- Se o partido que lá está for bom, não!

Nunca me esqueci desta lição.

Definições 

Segundo o Omar Bakri, quem, como ele, se declara seguidor absoluto da palavra de Deus, tem apenas a obrigação de cumprir rigorosamente aquilo que ficou escrito. Para o Omar Bakri, concluo, não existe o livre arbítrio. Ele dir-se-á um escravo. Para mim, é um animal.

Mas o que dizer do preto? 

http://jornal.publico.pt/2004/04/18/Publica/TM02.html

18.4.04

Embora o branco seja mais bem descrito pelo cinzento: 

"Liberty is liberty – not equality or fairness or justice or culture, or human happiness or a quiet conscience."

Isaiah Berlin, Two Concepts of Liberty

17.4.04

O fim do mundo como o conhecemos 

Um anúncio do partido republicano dos EUA criticando o democrata John Kerry aparece em várias situações neste jogo.
O jogo é em vários aspectos interessante: além de um bom exercício, mostra o Sr. Bush, o segundo, a defender a sua casa branca dos terroristas perante a incompetência da segurança e dos seus serviços secretos e - ironia das ironias - só, de arma em punho - uma profecia patrocinada pelo próprio.
Cuidado, não dêem mais um tiro no pé!

14.4.04

Sr. Luís, um detective português 

A porta do escritório abriu-se e espreitou a Dona Joselina, mulher do Sr. Luís. Desde que o Sr. Luís decidiu abrir o escritório, a sua mulher ajuda-o a atender os telefones e com as contas. Agora que se reformou da secretaria da escola primária do bairro tem mais tempo para o ajudar naquilo que ela comenta com as vizinhas como “um devaneio da idade”.

A verdade é que o Sr. Luís sempre gostou dos filmes de detectives americanos, especialmente aqueles a preto e branco, e sempre teve este desejo de fazer o mesmo. A filha casou-se e saíu de casa e dois meses depois o Sr. Luís reformou-se do trabalho na repartição. Um quarto vazio, o tempo livre e uma vontade de ser detective privado, foi o que bastou para colocar uma placa na porta de entrada e um anúncio no Correio da Manhã.

- Sim, o que queres? - perguntou o Sr. Luís à mulher. - Não vês que estou com um cliente?
- Olha, vou a casa da Mercedes por causa das receitas e na volta passo pelo mercado. Volto para fazer o almoço. – e fechou a porta.

O Sr. Luís cofiou os bigodes duas vezes, olhou para baixo e disse: "Pois, deve ser do tempo. Mas diga, além das dores nos joelhos, tem notado algo de anormal?". A Dona Hermínia ficou a olhá-lo fixamente, com um ar de quem não tinha percebido a pergunta. O Sr. Luís ajeitou-se na cadeira e olhou pacientemente para a sua cliente.

(continua)

13.4.04

Bene e Zuela - uma historia de amor daquelas bem pirosa 

Uma manhã linda a que estava na cidade de Caracas..os passarinhos chilreavam, o sol passava pelas folhas das arvores ainda cheias de orvalho, criando pequenos arco-iris que se reflectiam na paredes das casa próximas. As pessoas passavam pelos passeios, contentes, sorrindo, cumprimentando-se.."Hola, buenos dias"..."Que sol mas lindo!".."San Pedro es mismo muy generoso"..Ah, e era sábado, o que contribuia ainda mais para a felicidade dos moradores do bairro Pérola do Atlantico da capital venezuelana.
Este bairro, muito caracteristico, com as suas casa cobertas de verdelejos, castanhelejos, vermelhejos, etc (menos azulejos, que eram proíbidos por um decreto municipal) era habitado na sua maioria por imigrantes muito trabalhadores. A origem era variada, mas a sua maioria vinha de uma ilha perdida no meio do atlantico, entre os Açores e as Canárias.
No numero 12, 4º Andar da Rua de las Islas Selvagens vivia a familia Silva. O chefe da familia, o Sr. José, era dono de um supermercado situado no res do chão do prédio e ainda de um bar, anexo a esse supermercado, onde, por habito, as crianças do bairro costumavam ir roubar gamses quando o Sr. Jose virava as costas. A sua mulher, de seu nome Goretti era uma imigrante de 2ª geração e ajudava nos negocios do marido e cuidava da casa e dos filhos. O Sr. José conheceu a Dª Goretti quando chegou a Caracas nos anos 80 do século passado, tendo ido trabalhar para o supermercado do futuro sogro, do qual agora é dono..
Tinham três filhos, dois rapazes e uma rapariga. O mais velho, Bernardo (ou Bene, como gostava de ser chamado) tinha 18 anos e já não estudava, pois chumbou por faltas durante três anos consecutivos e os pais puseram-no a trabalhar no negocio. Marco Paulo e Ágatha tinham a mesma idade - eram gémeos- fazendo 15 anos no Domingo.(continua)

11.4.04

Manifesto contra o trabalho 

Publicado já há uns anos, o Manifesto contra o trabalho, de grupo Krisis, apesar de mal traduzido, tem algumas passagens interessantes.

"A infelicidade do trabalho tornou-se orgulho falso do trabalho, redefinindo como "direito humano", o seu próprio adestramento enquanto material humano do deus moderno"

"Até há poucos séculos, os homens tinham consciência do nexo entre trabalho e coerção social. Na maioria das línguas européias, o termo "trabalho" relaciona-se originalmente apenas com a atividade de uma pessoa juridicamente menor, do dependente, do servo ou do escravo. Nos países de língua germânica, a palavra "Arbeit" significa trabalho árduo de uma criança órfã e, por isso, serva. No latim, "laborare" significava algo como o "cambalear do corpo sob uma carga pesada", e em geral é usado para designar o sofrimento e o mau trato do escravo. As palavras latinas "travail", "trabajo" etc. derivam-se do latim, "tripalium", uma espécie de jugo utilizado para a tortura e o castigo de escravos e outros não livres. A expressão idiomática alemã – "jugo do trabalho" ("Joch der Arbeit") – ainda faz lembrar este sentido."

"A simulação estatal de trabalho é, por princípio, violenta e repressiva. Ela significa a manutenção da vontade de domínio incondicional do deus-trabalho, com todos os meios disponíveis, mesmo após sua morte. Este fanatismo burocrático de trabalho não deixa em paz nem os que caíram fora – os sem-trabalho e sem-chances – nem todos aqueles que com boas razões rejeitam o trabalho, nos seus já horrivelmente apertados nichos do demolido Estado Social. Eles são arrastados para os holofotes do interrogatório estatal por assistentes sociais e agenciadoras do trabalho e são obrigados a prestar uma reverência pública perante o trono do cadáver-rei.

Se na justiça normalmente vigora o princípio "em dúvida, a favor do réu", agora isso se inverteu. Se os que caíram fora futuramente não quiserem viver de ar ou de caridade cristã, precisam aceitar qualquer trabalho sujo ou de escravo e qualquer programa de "ocupação", mesmo o mais absurdo, para demonstrar a sua disposição incondicional para com o trabalho. Se aquilo que eles devem fazer tem ou não algum sentido, ou é o maior absurdo, de modo algum interessa. O que importa é que eles fiquem em movimento permanente para que nunca esqueçam a que lei obedece sua existência.

Outrora, os homens trabalhavam para ganhar dinheiro. Hoje, o Estado não poupa gastos e custos para que centenas de milhares de pessoas simulem trabalhos em estranhas "oficinas de treinamento" ou "empresas de ocupação", para que fiquem em forma para "postos de trabalho regulares" que nunca ocuparão. Inventam-se cada vez mais novas e mais estúpidas "medidas" só para manter a aparência da roda-viva do trabalho social que gira em falso funcionando ad infinitum. Quanto menos sentido tem a coerção do trabalho, mais brutalmente inculca-se nos cérebros humanos que não haverá mais nenhum pãozinho de graça."

Desespero incorporado 

Desesperado?
Ofereça uma prenda condizente a outro desesperado em Dispair, Inc..
Uma pérola: o livro "A arte da desmotivação" de E.L. Kersten. Ph.D

Liberdade e Segurança 

"Aqueles que conseguem abdicar da liberdade essencial para obter um pouco de segurança temporária, não merecem nem a liberdade nem a segurança."
- Benjamin Franklin

1984 - George Orwell
Nós - Yevgeny Zamyatin

Pixies de volta e em Portugal 

Os Pixies vão tocar em Portugal, no dia 11 de Junho, no festival Super Bock Super Rock.
Nesse dia também tocam Massive Attack e Fatboy Slim. Eu já comprei o bilhete!


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