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13.4.04

Bene e Zuela - uma historia de amor daquelas bem pirosa 

Uma manhã linda a que estava na cidade de Caracas..os passarinhos chilreavam, o sol passava pelas folhas das arvores ainda cheias de orvalho, criando pequenos arco-iris que se reflectiam na paredes das casa próximas. As pessoas passavam pelos passeios, contentes, sorrindo, cumprimentando-se.."Hola, buenos dias"..."Que sol mas lindo!".."San Pedro es mismo muy generoso"..Ah, e era sábado, o que contribuia ainda mais para a felicidade dos moradores do bairro Pérola do Atlantico da capital venezuelana.
Este bairro, muito caracteristico, com as suas casa cobertas de verdelejos, castanhelejos, vermelhejos, etc (menos azulejos, que eram proíbidos por um decreto municipal) era habitado na sua maioria por imigrantes muito trabalhadores. A origem era variada, mas a sua maioria vinha de uma ilha perdida no meio do atlantico, entre os Açores e as Canárias.
No numero 12, 4º Andar da Rua de las Islas Selvagens vivia a familia Silva. O chefe da familia, o Sr. José, era dono de um supermercado situado no res do chão do prédio e ainda de um bar, anexo a esse supermercado, onde, por habito, as crianças do bairro costumavam ir roubar gamses quando o Sr. Jose virava as costas. A sua mulher, de seu nome Goretti era uma imigrante de 2ª geração e ajudava nos negocios do marido e cuidava da casa e dos filhos. O Sr. José conheceu a Dª Goretti quando chegou a Caracas nos anos 80 do século passado, tendo ido trabalhar para o supermercado do futuro sogro, do qual agora é dono..
Tinham três filhos, dois rapazes e uma rapariga. O mais velho, Bernardo (ou Bene, como gostava de ser chamado) tinha 18 anos e já não estudava, pois chumbou por faltas durante três anos consecutivos e os pais puseram-no a trabalhar no negocio. Marco Paulo e Ágatha tinham a mesma idade - eram gémeos- fazendo 15 anos no Domingo.(continua)

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