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10.3.05

(des)CLASSIFICADOS 

Há dias, afligiram-se umas tantas almas com a pública recusa de um padre em dar a comunhão a certos pecadores empedernidos. Mas afligiram-se porquê?

A Igreja, como qualquer associação livre e espontânea de pessoas, tem todo o direito de só reconhecer entre os seus quem bem entender.

E todos aqueles que se sentem ofendidos por se verem excluídos da comunidade da qual tão ligeiramente julgavam fazer parte, devem lembrar-se que para um verdadeiro benfiquista não basta pagar as cotas ou vestir o cachecol ao fim-de-semana, é preciso ser também um bom pai de família.

Como pode alguém ser católico mas “discordar de muitas coisas que diz a Igreja Católica”? É como ser, digamos, comunista e discordar da ideologia do PCP.

Aliás, mais extraordinário que o anúncio do Padre Nuno Serras Pereira, é o silêncio da própria Igreja Católica. E é extraordinário porque não é inocente. Porque é sinal da consciência que a Igreja tem de que, no momento em que abandonar esses pecadores empedernidos, deixa de, sobre eles, poder exercer qualquer poder.

E isso, naturalmente, não lhe interessa.

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